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VOLTA
(composta em 25/04/1979)

                                                               (José Fortuna – Carlos Cezar)

Volta
Como quem volta de longínquos mares
Barco impelido por furtivos ares
Revendo portos que já foram seus
Volta
Acreditando que ainda existem flores
Volta sequiosa de encontrar amores
Nas mãos que um dia lhe disseram adeus
Volta
Esperarei em algum lugar da estrada
Para esquecer as agressões passadas
Com as mãos cheias de perdão e amor
Volta
Que ainda existe som de poesia
E a noite triste que deixou vazia
Hoje lhe espera pra lhe dar calor

Volta
Como nos campos volta a primavera
Como o sol iluminando a terra
Como as aves voltam para o ninho
Volta
Como a abelha volta ao seu abrigo
Se tudo volta ao seu lugar antigo
Porque só eu devo ficar sozinho

Volta
Sobre seus rastros pelo chão perdido
Pra despertar o tempo adormecido
E reencontrar nosso passado lindo
Volta
Sem perguntar com quem está a verdade
Pra que possamos ter felicidade
Esqueça as mágoas pra voltar sorrindo
Volta
Devagarinho sem bater a porta
Não me desperte, deixe as horas mortas
Junto de mim lhe adormecer também
Para
Eu acordar na sensação mais linda
De lhe encontrar e acreditar que ainda
Você existe pra me querer bem