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VIDA DE VIOLEIRO

(dialeto caipira)

cururu

(Letra e música de José Fortuna - grav. Zé Fortuna, Pitangueira e Coqueirinho)

Toda gente neste mundo, tem a sua inclinação
cada vida tem um destino, cada destino uma paixão
minha sina é ser violeiro, esta é minha profissão
muitos diz que eu tô errado, eu acho que não tô não

Eu passo a vida cantando, com a minha viola na mão
corro os dedos nas cravia, afino na pontuação
encosto ela em meu peito, de frente com o coração
invento moda sentida, fazendo declamação

Também tenho um parceiro, que me ajuda no baixão
lá praquelas redondeza nós somos dois forgadão
nós dois canta no sereno, no terreiro ou no salão
as morena lá da zona, leva eu na palma da mão

Quando nós chega na festa, forma até uma confusão
eu passo a mão na viola, já faço a afinação
nós canta moda sentida, de doer no coração
já vejo as moças dizerem, esse violeiro é dos bom

O meu pai foi violeiro, isso vem de geração
fiquei em seu lugar, sou da mesma opinião
desde o tempo de menino, foi esta minha a intenção
antes prefiro morrê, da viola não largo mão.