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RODA DE CARRO
toada jovem                                       (José Fortuna - grav. Nico e Niquinho)

Vai rodando estrada afora,
carro de boi pelas estradas do sertão
também sinto dentro do peito,
cheio de mágoa a rodar meu coração

O meu destino é igual roda de carro, gemendo triste na subida da paixão
e na planície da saudade ele deslancha, pra disparar na ribanceira da ilusão
No meu pescoço trago a carga do abandono, fardo de dor superlotou meu coração
eu me perdi no pó vermelho da tristeza que se ergueu com o  vento frio da solidão.

A nossa vida com a roda se parece não tem princípio, não tem meio, não tem fim,
também não sei onde começa a minha mágoa, na roda viva a rodar dentro de mim
eu já não sei quando termina a minha estrada, também não sei pra onde vou,  nem de onde vim
só sei que vivo a procurar felicidade, e esta procura é que me faz rodar assim.