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POMBA DO AR
(composta em 16/01/1980)

                                                               (José Fortuna – Carlos Cezar)

Pomba do ar que vem de muito longe
Quem sabe onde escondeu seu ninho
Nas verdes matas dos sertões distantes
Ou na palmeira à beira do caminho
Deixe uma pena de suas asas leves
Cair no espaço pra se unir no chão
Com minhas penas tristes desta mágoa
Mágoa que aumenta nesta solidão

Vem, pomba do ar
Voando só no imenso céu de azul sem fim
Vem, pomba do ar
Com tantas penas e não tem pena de mim

Pomba do ar vem me contar se ainda
Existe sol além do horizonte
Se posso ter um pouco de esperança
Se o amanhã será melhor que  o ontem
Se quem partiu e me deixou sozinha
Aos braços meus ainda vai voltar
Compadecida de meu abandono
Com muita pena de me ver penar