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O BAILE DO BEPE

polca

(José Fortuna - grav. Zé Fortuna/Pitangueira

-    Vamo dançando, rapaziada. Quirina, fala pra Julieta, tocá os cachorro da cozinha.
     Eles tão atrapaiando o pessoal dançá. Ó, quem amarrou esse cavalo no bambu,
     tem que sortá , eles vão acabá derrubando o palissado.
-    Parem com esse baile. Seu Bepe, essa moça aqui me deu tábua. E como é? Eu paguei
     cem merréis pra dança neste baile e quero dança ou eu escureço isto aqui de bala, tá bão?
-    Ê, Saluciano, vai engrossá agora por causa de cem merréis. Dança com a minha muié e pronto.
     Assunta, vem cá, dança aqui com o Saluciano.
-    Então deixa eu apertá a saia pra não cai... e bamo Saluciano...
-    Ah, vou chacoaiá a polca...
-    E quem é porca?
-    É a polca que o sanfoneiro vai tocá...
-    Atenção quem quisé compra bala pra chupá o português tá vendendo lá no canto do palissado.
     Quem perdeu uma cinta, tá aqui, ó. Cuidado que vai cair a calça, vai...
     E vamo se apreparando, rapaziada que logo mais vamos ter a valsa da roça...
-    Bepe, eu não danço mais com o Saluciano. Ele me aperta tanto que parece que vai tirar garapa.
-    Ô, Saluciano, você pensa que a Assunta é a Chica Constança... mai até é bom aperta um
     pouco pra esticar as correias, é. Sua cara tá parecendo o mapa da Itália...
-    O Saluciano me apertava tanto que eu já tava ficando roxa. Com o Saluciano eu não danço mais.
-    Epa, espera lá. E os meus cem merréis. Acho melhor escurecê isso aqui de Bala e vou começar
-    Pelo lampião... vamo lá...