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MOÇA INFELIZ
canção-rancheira                                               (José Fortuna/Mairiporã - grav. Pardinho e Pardal)

Aquela moça que vaga nas ruas tem o seu ponto na feira do amor
quem diz que ela é de vida fácil é porque não sabe seu drama de dor
tudo ela faz pra enganar a aparência mesmo sentindo sua vida morrer
ninguém percebe seu pranto escondido
e no mercado do amor proibido
ganha o sustento prá sobreviver.

Em sua bolsa ela guarda uma carta de um grande amor seu primeiro fracasso
guarda o retrato do filho querido que há muito tempo saiu de seus braços
guarda a receita de medicamentos para a mãezinha que espera inocente
falta porém completar a quantia
tem que gastar toda a féria do dia
para salvar a mãezinha doente

Em sua bolsa de tantos segredos guarda uma lâmina fria de aço
para que um dia ao cansaço da vida cortar o pulso de seu próprio braço
Moça da esquina seu erro eu perdôo,  pode em meu ombro chorar se quiser
suas razões eu entendo e aceito
moça infeliz seu pecado eu respeito
antes de tudo és uma mulher.