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MOÇA DA ESTRADA
                                                               ( José Fortuna/ Tião do Carro – grav. Clayton e Cristiane)

Moça da estrada,  flor desfolhada pelo abandono, caminhoneiro, longe da esposa, longe do lar
Busca em seus braços matar desejos do amor distante, de quem rodando não sabe quando vai regressar
Porque não digo toda verdade,  que os seus  lábios, são mais gelados do que a neblina do madrugar
Você fingindo que está amando, deseja apenas, em qualquer posto, um quarto pobre para pousar.

Moça da estrada,
os braços teus,
também já foram
longa pousada dos sonhos meus

Moça da estrada, pouso forçado na encruzilhada, onde a saudade ali se encontra com a solidão
Vidas cansadas, empoeiradas que vem de longe, por cordilheiras, curvas e lamas de muito chão
O fogo ardente de vossos beijos dura uma noite, no outro dia, nem de seu nome vão se lembrar
Naquele posto, beirando a estrada, você sozinha, espera outro caminhoneiro por lá passar.