Imprimir    << voltar

 

ESTRADA DE CHÃO

toada

(Aurélio Miranda – grav. Zé Fortuna e Pitangueira)

Estrada de chão o seu tempo se foi cadê a peonada, poeiras e bois
Cobriram de preto a estrada de chão e mais preto é o luto do meu coração
O passado morreu só ficaram lembranças e morre comigo a doce esperança
De ainda ouvir na encruzilhada um berrante tocando, chamando a boiada
Grita o peão.: Ei boi
Na estrada de chão.: Vai boiada (BIS)

Alegres pousadas com meus companheiros que há muitos janeiros não sei onde estão
Cadê Ferreirinha, João boiadeiro, Gonzaga, Mineiro e o Negro Tião
Que arriscavam a vida em cima do arreio em todo o rodeio chamavam a atenção
Os seus nomes famosos ficaram na história, passados e glórias na estrada de chão
Grita oo peão.: Ei boi
Na estrada de chão.: Vai boiada (BIS)

Meu par de esporas, meu laço e arreio que há tempo no meio das tralhas guardei
Meu velho berrante enfeita a sala, e ao lado as medalhas que colecionei
Meu cavalo baio relincha no pasto sentindo o cansaço que o tempo lhe fez
E a passarada alegra o sertão, gorjeiam cantigas na estrada de chão
Grita o peão.: Ei boi
Na estrada de chão.: Vai boiada (BIS)