Imprimir    << voltar

 

CORRE-CORRE

xote

(José Fortuna - grav. Zé Fortuna e Pitangueira)

Se a gente for fazer uma serenata
prá loirinha ou prá mulata e aparece na janela
o cabelinho, passo a mão, que coisa louca
pensando que é da cabocla, é o bigode do pai dela
a gente corre, corre, corre, corre sem parar (BIS)
ai, corre, corre, corre, corre até cansar.

E quando a gente tá casando e a noiva beija
entra uma negra na igreja trazendo no colo seu
uma criança enrolada na toalha
gritando: falso canalha, toma lá que o filho é teu
a gente corre, corre, corre, corre sem parar (BIS)
ai, corre, corre, corre, corre até cansar.

E quando a gente tá escondido atrás do muro
namorando no escuro uma morena bacana
e um soldado aparece de repente prá estragar o ambiente
e grita assim: tá tudo em cana
a gente corre, corre, corre, corre sem parar (BIS)
ai, corre, corre, corre, corre até cansar.

E quando a gente com prazer foi convidado
prá comer um bom assado, come até lamber o prato
só depois nota que a barriga tá doendo
só então fica sabendo que comeu carne de gato
a gente corre, corre, corre, corre sem parar (BIS)
ai, corre, corre, corre, corre até cansar.

Quando alguém bate, na porta querendo entrar
fazendo a gente acordar, quanta praga a gente roga
vai atender, nervoso, mal humorado, ainda por mal dos pecados
sabe quem é? É a sogra... a gente corre...

Obs. Esta última estrofe não consta da gravação.