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COFRE DO AMOR
(composta em 10/04/1980)

(José Fortuna/Mairiporã)

Hoje meu peito é um quarto escuro, abandonado
No canto esquerdo meu coração é o cofre do amor
Nele conservo todas as mágoas e desenganos
Sonhos que eu guardo no porta-jóia da minha dor
Voce ingrata é quem conhece todo o segredo
Só teu carinho consegue abrir o meu coração
Que bom seria se novamente voce entrasse
Neste meu peito, recanto triste da solidão

Você ingrata usando a chave da falsidade
De minha vida sem piedade voce roubou
As esperanças e toda a minha felicidade
O meu futuro, a minha paz, e tudo o que sou
Neste meu cofre deixou apenas velhas lembranças
Como se fossem simples rascunhos de anotações
Dias e horas que assinalaram nossos encontros
E pouco a pouco foi nos restando desilusões

A triste forja do abandono foi transformando
Em aço puro o meu coração que jamais se abriu
Só o teu beijo queimando em brasa conseguiria
Atravessar a parede dura de aço frio
Me lembro ainda aquele tempo que me amavas
Seus doces beijos eu recebia com tal calor
Que eu sentia quebrando tudo aqui por dentro
Fazendo em cacos meu inquebrável cofre do amor