Imprimir    << voltar

 

CHUVA MANSA
(composta em 07/04/1982)

(José Fortuna)

Chuva mansa lave a alma deste mundo
Onde andar de peito aberto eu quisera
Para ver se a flor da paz que eu procuro
Brote em mim, porque enfim, também sou terra
Chuva mansa, repousante sinfonia
Gotejando sobre a pétala de flor
Cai do céu igual as lágrimas dos anjos
Pra embalar a mansidão do nosso amor

Chuva mansa, vento brando
Chuva mansa, sem trovão
Lábios úmidos das nuvens
Vêm do céu, beijar o chão

Chuva mansa, renda branca pendurada
Na janela azul do céu na tarde quieta
Mais parece que Jesus adormecendo
Esqueceu no infinito a porta aberta
No amor você também foi chuva mansa
Que me fez desabrochar no coração
Lindos cravos de esperança semeados
No outono aconchegante da paixão