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CHEGADA

(José Fortuna/Carlos Cezar - grav. Mato Grosso e Matias)

Eu quero que teus braços me esperem na chegada
pra me aquecer na volta da longa caminhada
eu trago sol de outono e flores perfumadas
colhidas pelos campos de muitas madrugadas

Eu trago de tão longe as minhas mãos cansadas
pra acariciar teu corpo na ânsia da chegada
eu trago estrelas claras de noites esquecidas
e ponho em teus braços
minh’alma em pedaços,
pedaços desta vida

Embora estando perto vivemos tão distantes
imploro que na volta me ame como antes
me embale como mãe, me queira como amante
me beije com loucura na entrega delirante

Quero que reconstrua na forja do teu peito
retalhos de meu ser em pó no chão desfeitos
me acenda a luz da vida nas trevas apagadas
me espere com carinho na porta de chegada

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