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CARTA
(dialeto caipira)
valsa                                     (José Fortuna - grav. Tonico e Tinoco/Abel e Caim)

Eu vou te mandar uma carta, escrita por minha mão
por fora vai o teu nome, por dentro a reclamação
em cima escrevo saudade, embaixo aperto de mão
no meio vai minhas queixas, extraídas do coração.

Morena, decida logo, quero vossa decisão
você leia bem a carta, me responda sim ou não
é melhor ser desprezado do que viver na ilusão
amando sem ser amado, seu ingrato coração.

No bairro que você mora, eu já tenho informação
namora um ama outro, me fazendo judiação
amor que não tem firmeza sempre termina em questão
quando um morre,  outro vai preso ferindo dois coração.

Já decidi minha sina é triste minha intenção
pra te ver no braço de outro, prefiro a separação
vou embora pra bem longe, deixo minha saudação
se lembre de quem te ama seu ingrato coração.

Obs. No livrinho nº 1 de “Os Maracanãs” o título é: Eu vô te mandá uma carta (sic).